terça-feira, 27 de abril de 2010

RAPHAEL "GÊNIO" RABELLO

Venho aqui humildemente falar sobre esse moço genial que foi Raphael Rabello, um dos maiores violonista que já ouvi. Como cantora, ouvir suas dedilhadas, arpejos em suas interpretações ao violão, é uma grande experiência de som, do bom som , do magnífico som.
É Impressionante como Deus cria alguns gênios da raça e que tão pouco convivem nesse plano. Mas Deus sabe o que faz, pois esse moço deixou aqui seu recado muito bem "tocado", provando a divindade que a música tem. O que nos resta nesse mundo senão ouvi-lo pra ficar um pouco mais perto do céu.



Tido com um dos maiores virtuoses do violão atual, Raphael nasceu no dia 31 de outubro de 1962 no seio de uma família grande e musical. Só começou a tocar violão aos 12 anos, mas em seguida formou o conjunto Os Carioquinhas, especializado em choro.

Progrediu sua arte depois que teve aulas com o lendário Dino 7 Cordas, com quem gravaria um LP em 1991 e dedicou um tempo a esse instrumento, recebendo o apelido de Rafael 7 Cordas.

Considerado um gênio do violão (6 e 7 cordas), Raphael esteve presente em shows e gravações dos maiores nomes do choro e do samba, como Elizeth Cardoso, Altamiro Carrilho e Radamés Gnattali, de quem foi seu discípulo dileto. Por isso lançou em 1986, o álbum "Raphael Rabello interpreta Radamés Gnattali".

Em 1989, teve um acidente de carro resultou em uma fratura múltipla no braço direito que quase pôs sua carreira em risco. Porém, quatro meses depois o violonista estreava o show "Todo Sentimento" ao lado de Elizeth Cardoso. Fez muito sucesso de público ao gravar com Ney Matogrosso em 1990, "À Flor da Pele".

Realizou vários trabalhos de parcerias musicais, como os com Paulo Moura(Dois Irmãos), Deo Rian e Romero Lubambo. Suas interpretações para clássicos do choro como "1 x 0" (Pixinguinha) e "Desvairada" (Garoto) são consideradas antológicas.

Em 1992 lançou um disco-tributo a Tom Jobim, "Todos os Tons", com participações de Paco de Lucia a Jacques Morelenbaum e do próprio Jobim. Foi um dos mais requisitados violonistas dos anos 80 e 90, famoso por aliar técnica impecável a sensibilidade interpretativa, em qualquer estilo, fosse erudito, choro, flamenco ou bossa nova.

Sua morte precoce, em razão de aids contraída numa transfusão de sangue, aos 32 anos, no dia 27 de abril de 1995, acabou retirando de nós muito da genialidade e virtuosismo do violão brasileiro.

Fonte: www.clubedejazz.com.br

Nenhum comentário: